Ontem aprendi o quanto é bom ter alguém que nos acompanha quando precisamos. Largar tudo, o trabalho, um lugar seco e aquecido por colegas e amigas, para enfrentar a chuva e uma longa espera numa sala cheia de mulheres grávidas...
Segurar na nossa mão, e depois, abraçar, chorar.
Insistir em ficar conosco, mesmo quando dizemos, não é preciso.
Sei que eu faço isso também com outras mulheres. Mas penso que aprendi o quanto é preciso. Mesmo que, como eu, se saiba muitas coisas sobre gravidez, sobre estudos, exercícios e respirações.
ontem senti que
ela é de facto, a minha doula.
E não precisa de saber as coisas que eu sei, e eu, tenho as minhas convicções, e sei qual a senda em que caminho... dou passos firmes e não pretendo desviar-me
e ela, tal como qualquer doula, escuta, e mesmo que não entenda, sorri.
Junto comigo, viu o meu novo bebé ainda dentro do meu vente e quse se ouviam os nossos dois corações a bater de emoção.
Para além de nós duas, tinhamos a presença desta linda serigrafia, que esperou conosco e presenciou este dia tão importante, e que a Ana chama de “Dreams are my reality”, mas que eu chamarei para sempre “há Vida em mim”, porque
Trago vida no Ventre
Deito isso pela boca,
estou a ser regada por pessoas que me amam
e por isso cresço, como mãe e mulher
e pairo no ar... tada eu chilreante...
Já em casa depois uma grande molha, sentei-me a olhar para esta imagem, emocionada, a pensar que jamais saberei mostrar e estas duas mulheres, a
Rita e a
Ana, o quanto fizeram o meu dia especial!