segunda-feira, 30 de março de 2009

na escolinha....



Escolhi uma escola pequena para o meu filho frequentar, ainda que tenha de fazer uma viagem de 10 km para que ele ande numa escola só com 20 alunos numa aldeia onde ainda existe o luxo de poderem passear na natureza e de vez em quando ir passear até á praia. Gosto da ideia de escola pequena, dos miudos serem poucos de ser na aldeia onde eu cresci, e especialmente de poder ás 15:30 sair e passar o resto do dia na casa da minha mãe.
Tento que o Rafa seja “educado”, que não faça queixinhas dos colegas, mas o que lhe digo para fazer se um miúdo que lhe tenta “serrar” o pescoço com uma serra de brinquedo e lhe deixa o pescoço todo marcado?
Obviamente há um “bully” a escola do Rafa, e haver bullies numa escolinha onde as idades variam entre os 3 e os 5 anos é no minimo estranho e assustador.
Mais assustador, é que a professora, que é nova na escola, (ai que saudades da Prof Teresa:( ) tenha visto, tenha até ralhado com o outro miudo, mas não tenha dito à avó do Rafa que ele tinha o pescoço marcado e porquê. E o Rafa que não faz queixinhas, nada disse á minha mãe, que só viu isto porque outro miudo veio a correr perguntar se ele já tinha contado o que o outro lhe tinha feito. E ainda disse, eu bem o defendi, dei ao outro um grande pontapé. Ops! :(
O meu filho não é muito fã de andar á pancada, e foge de conflitos. Quantos mais miúdos e maior confusão, melhor ele se porta. Sózinho faz mais malandrices do que acompanhado. A professora Teresa gabava-o por ser educado, atencioso e que não admitia que ninguém falasse na hora da história... Mas e na hora de levar, o que vai fazer a educação que estamos a tentar dar? O que se faz quando um miudo faz isto ao nosso filho?
Bem, a professora vai ouvir poucas e boas, porque a minha mãe é bem pior do que eu quando se trata de dar retóricas. Como é ela que passa a maior parte do tempo com ele, é ela que o vai pôr e buscar à escolinha, não lhe quero tirar esse condão de ir defender a sua cria. Sei que o vai fazer bem, e sei que será a última vez que ele vem marcado sem uma explicação.
Ouvimos falar em “bullying” cada vez mais nas notícias, nos jornais... e há dois anos quando tirei o curso de “instrutora de massagem nas escolas” da MISP, pensei que fosse mais fácil implementar nas escolas esta rotina de massagem que parece tem feito milagres em muitas escolas no estrangeiro, especialmente no Reino Unido. Alguns pais na escola do meu filho estão bem interessados em que eu implemente isto na escola, mas a verdade é que nem sempre é fácil implementar uma coisa nova...

8 comentários:

Bárbara disse...

Realmente, não é fácil sabermos o que dizer aos nossos filhos nesta situação, eu própria me revi aqui, uma vez que o meu filho, além de ser "anti-pancada" como o teu, prefere ser torturado a fazer queixinha...

Podes dar-me mais detalhes desta massagem? Pertenço à direcção da ass. de pais da escola onde está o meu filho, e penso que isto nos poderá interessar muitíssimo.

Beijocas,

Rita disse...

Ainda ontem me deparei com a mesma questão.

A Mafaldinha vinha com o pescoço marcado (tipo arranhão) e disse-me que tinha sido o menino x a apertar-lhe o pescoço.

Fico sempre de coração apertado quando oiço estas coisas (e como mãe de 4 tenho ouvido algumas) mas tenho sempre duvidas em como me posicionar.

Se por um lado, falo sempre com as respectivas educadoras, para me inteirar da situação, também não quero parecer demasado mãe galinha. Até porque sei que estas coisas fazem parte do crescimento.

Eu bem vejo como eles se comportam cá em casa... ora estão abraçados e aos beijos ora sai chapada a torto e a direito...

Enfim... basicamente tento estar atenta aos sinais e só quando os sinto mais tristes ou angustiados (como já aconteceu uma vez com o Afonso) é que me "chateio" a sério.

Desculpa o testamento :)

Beijos

Rita disse...

Andei à procura de mais informação sobre a massagem das escolas e fiquei curiosa.

Onde fizeste o curso?

Chuva disse...

Bolas, que saudades de te ler!
Mas nao era de noti'cias destas que tinha saudades...
O Rafa esta' bem?
Conta depois como foi o feedback com a Educadora.
A malta sente-se numa encruzilhada, mas ha' que fazer alguma coisa, de prefere^ncia na hora e quem presencia, certo?
Bjs mil!

Soph disse...

CUIDADO... oom a felicidade do Rafa na Escola.

... não LHE estragues o paraíso...

PS: Se precisares podes ligar-me...

... mas, por favor, CALMA...

... o que "pensas" fazer pode ser MESMO muito PERIGOSO para ele...

:(

Noémia disse...

Infelizmente é o que vemos mais, hoje em dia,em todas as escolas!
Vai com calma pois pode ter sido só uma brincadeira (esperemos que sim)eles nestas idades não distinguem muito bem entre realidade e ficção e vêem muitos filmes violentos.
Quanto às massagens quem precisavam delas eram os pais para ver se mais calmos e relaxados educavam melhor os filhos, porque, a maior parte das vezes, eles são o reflexo do que têm em casa!
Que corra tudo bem.:)

Anónimo disse...

Sempre existiram bullys, mas se as mães começarem a intervir a toda a hora, os meninos viram flor de estufa e não aprendem a ser fortes.
Não estamos nos EUA, em que tudo é analisado...
Deixem os miúdos terem as suas próprias experiências...
Quem tem irmãos sabe que é assim, por muito educados que sejam, andam à pancada e a seguir estão aos beijos. Faz parte...

Anónimo disse...

Não queremos meninos inseguros e com fraca auto-estima porque os paizinhos foram logo a correr salvar o menino, e falar com as educadoras que estão mais que baituadas a lidar com isto e sabem bem o que a casa gasta. Os nossos filhos são educados, mas sabem defender-se quando é necessário. Mas se afastarmos essas oportunidades de eles aprenderem a lidar com os outros vamos impedir o curso natural da vida e "sobrevivência" social. Vigiar é diferente de impedir.